Ray fala sobre Voodoo Experience, planos para o Halloween e evolução da banda

Na contagem regressiva para o primeiro dia de Voodoo Festival, My Chemical Romance estará marcando presença com sua teatralidade e fantasias malucas. Ray Toro, na e guitarra e backing vocals, fala sobre os planos da banda para o fim de semana de Halloween em Nova Orleans, surpresa para o Voodoo, e seu som sempre em evolução.

Com o que vocês estão mais animado sobre a realização do Voodoo em New Orleans? 
Bem, nós já tocamos em Nova Orleans algumas vezes antes, então estamos animados para voltar à cidade. É um lugar tão incrível com uma cultura rica e energia. Você pode sentir essa energia quando tocamos lá. Vamos tirar uma folga depois do show para sair no fim de semana. Algumas das esposas dos membros da banda vão para o show, então estamos realmente animado para relaxar e desfrutar da cidade.

Algum plano para trajes de Halloween? 
Bem, para sexta-feira nós temos alguns planos secretos envolvendo trajes que serão usados no Voodoo, mas não posso revelar muito sobre isso. Para o Halloween, eu não sei se alguém mais vai se fantasiar, mas eu vou. É divertido andar fingindo que você é outra pessoa essa noite.

Que tipo apresentação vocês estão pensando fazer no Voodoo? 
É uma apresentação de apenas uma hora, então vamos ter que encaixar muito em um curto espaço de tempo. Nós provavelmente vamos ter um bom equilíbrio entre o Danger Days e o Black Parade com talvez uma ou duas músicas do nosso primeiro álbum. Estaremos tocando para um público que pode ou não conhecer-nos, por isso queremos tocar algumas das nossas canções mais características. Também queremos tentar tocar músicas que nossos fãs estão ansiosos para ouvir. Porque estaremos tocando para uma multidão de pessoas que querem uma mistura de tudo.

My Chemical Romance tem reputação para participar de grandes eventos que acontecem no país e no mundo. Como você vê o fato de a sua música corresponder às expectativas desses eventos? 
Bem, Danger Days aborda a cultura da internet cada vez maior de nossa sociedade. As pessoas estão mais sintonizados com o que está acontecendo em todo o mundo e vendo as mudanças que acontecem em um nível global. Esta cultura também tem um efeito louco na cultura jovem e sua obsessão por ser famoso na internet sem ter que realmente fazer alguma coisa que envolva mérito ou talento. Há também mais importância colocada em ter amigos online do que amigos de verdade. Então, estamos tentando responder a estas questões com esse álbum. A nossa música SING é sobre levantar sua voz e mudar algo, tipo a forma como as pessoas estão utilizando a internet agora. São capazes de fazer com que suas vozes sejam ouvidas por mais gente do que nunca.

Vocês estão trabalhando em algo de novo recentemente? 
Nós gostamos de mudar as coisas, especialmente quando estamos viajando. Ficamos na estrada por dois meses e já estamos impacientes para começar a trabalhar em um novo material. Também estamos sempre tentando coisas novas, pois mantém a nossa música em constante evolução.

Como é o processo da banda para criar a música? Especialmente porque muitas das canções têm letras fortes emocionamente.
Gerard Way é realmente genial fazendo o que sabe, então às vezes várias letras vêm até ele. Quando ele está criando uma melodia, acaba por criar as letras também. E fica mudando frases por meses, ou o tempo necessário para a canção estar completa. Nesse sentido somos uma banda muito de momentos.

Vocês estão pensando em se direcionar para um som mais eletrônico? Especialmente pelo Danger Days incorporar mais elementos eletrônicos nas músicas se comparado ao The Black Parade. 
Bem, agora estamos trabalhando em mais de uma sensação orgânica. Com o Danger Days, fizemos um monte de experiências na área dos teclados. É divertido porque você pode criar sons apenas por bater uma chave, então pensamos que poderíamos usar isso. Eu não acho que algum dia vamos fazer um som completamente eletrônico ou qualquer coisa assim, porque no final do dia somos realmente quatro caras mexendo com instrumentos.

Este vai ser o último show de vocês nos Estados Unidos, como se sentem sobre o fim da parte dos EUA de sua turnê acontecer no Voodoo? 
Estamos muito animado para tocar em Nova Orleans. Eu não posso imaginar um lugar melhor para isso, principalmente porque é a última parada em nossa turnê pelos EUA. Há uma grande quantidade de energia na cidade e no festival. É uma grande estrutura com grandes artistas. Vai ser um fim de semana divertido de todas as maneiras.

Créditos: MCR Brasil