sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Revista Love Rock - Entrevista MCR

Entrevista: Marcel Anders / The Interview People – Edição: Ricardo Piccinato

Da última vez em que nos encontramos no fim de 2009, vocês tocaram seis canções que eram para estar no álbum, mas obviamente não estão.
Certo.

Quando ouvi o CD Danger Days, tive a sensação de que é pelo menos 2 álbuns em um. E ainda estou tentando entender o que eu ouvi.
Com certeza, para qualquer jornalista - e não foram muitos que tiverem de ouvir essa última tentativa – bem, sinto que... Obviamente, a gente não tinha terminado ainda, e me sinto mal pelas pessoas que tiveram de ouvir. Estou feliz que ouviram aquela tentativa, mas estou contente e espero que ninguém se sinta muito apegado às canções que ouviram antes, como ouvintes, sabe? Porque isso (o novo CD) era o que queríamos que o mundo ouvisse.
Desse CD novo, Planetary (Go) me fez lembrar Death Before Disco – tem a mesma pegada daquela canção que não entrou no álbum, não é?
É estranho, porque as canções são bem similares, de uma maneira estranha. Ela tem essa energia que Death Before Disco tem. Death Before Disco na verdade agora se chama Party Poison. Senti que o título estava muito datado também. Se a última gravação estava datada, alguns dos títulos estavam datados também. E senti que aquela canção era uma delas.

O que vão fazer com as músicas antigas? Vão lançá-las como lado B, por exemplo?
Acho que eu gostaria de lançar tudo. Seria divertido lançar um dia, não agora, claro. Mas temos esse disco todinho. E é claro que quatro das canções estão nesse novo, mas são gravações bem diferentes. Acho que seria divertido. Se eu fosse fã, eu adoraria ouvir isso da banda.

Como foi a experimentação com o eletrônico pela primera vez no CD?
Sempre rondamos isso. No disco Three Cheers For Sweet Revenge, temos To The End. Agora, não há eletrônico de verdade nela, mas tentamos torná-la uma canção dançante. E No The Black Parade, tem Sharpest Lives. Mas se fizemos ela naquela época, não era o disco certo para ela. Ela deveria ser uma canção completamente eletrônica. Mas não estávamos preparados para isso. Então, aqueles foram nossos flertes com o eletrônico. E agora, é assim: Se vamos fazer isso, iremos fazer de verdade, sabe?

Então, acrescentaram um DJ à banda?
Acrescentamos um DJ. Adoro o senhor Death Dfying, porque sinto que ele segura a sua mão. É quase como se estivéssemos na subida da montanha-russa, e ele está segurando a sua mão. Quando você chega no topo, ele solta e aí você vai bem rápido, sem parar. E aí ele vem dar uma conferida pra ver como você está indo nesse passeio, e adoro isso.

Por isso que ele aparece três vezes no álbum?
Sim, mas o que curto no álbum é que ele não tem uma história – apesar de narrativamente estar dizendo umas coisas, sabe?

Então, não é algo conceitual, apesar de ter estrutura para isso?
Sim, eu fiquei mais interessado na noção de um conceito alto como o oposto ao álbum conceitual. Adoro álbuns conceituais, mas sinto que já fizemos isso. Mas eu não poderia ficar sem um conceito em certos aspectos, então precisei do meu alto conceito – o que é meu alto conceito? Eu tinha que tentar descobrir meus temas, sabe? Visual, música, todos esses altos conceitos.

Você chamaria de um álbum temático, então?
Com certeza. Definitivamente falando a todo mundo – esse aqui mais do que qualquer esforço. Antes, era muito introspectivo e sobre luta pessoal. Esse aqui é sobre forças externas e as pessoas que mora nesse planeta. É direto ao ponto.Esse álbum é atual.

Death Before Disco tem mais críticas sobre as corporações, não tem?
Certo. É engraçado porque essa é uma canção anti-festa – mas fizemos um álbum de festa. Mas ela ainda se encaixa nele porque o Cavallo dizia: “Vocês precisam dessa porque ainda faz parte da banda que isso ainda não virou uma festa. Saia da pista de dança”. Ainda não faz da banda essa coisa de pista de dança. Está mais para um porão sujo.

Mas é uma festa suja, não é?
Sim. É como um monte de animais em um porão com confete brilhante, chão colorido e alguém vomitando no banheiro e outro quebrando a janela. E um fulano chamando a polícia.

E sendo cercado por porcos (Pigs)?
(Risos) Porcos, isso!

E está rolando sexo na casa ao lado?
Sim. Tem bastante sexo no álbum. Como músico, você precisa ter esse poder de que não há nada errado em se sentir confortável com sua sexualidade ou cantar sobre ela, ou transmitir essa sensualidade. Não de uma maneira sombria, não um sexo sombrio. Sharpest Lives é uma canção bem sensual, do disco The Black Parade, mas é sobre essa coisa sombria. Sobre acordar no sofá da cada de um desconhecido. E mesmo a noção de Pigs... acho que não você, mas outras pessoas podem desconstruí-la e achar que estou falando de policiais. E não estou obviamente falando de policiais. Só estou falando e qualquer coisa que está atrás de você.

Então é um comentário social? A festa como uma coisa decadente com a qual desperdiçamos nosso tempo, em vez de seguir o que é realmente importante? Ou usar nossa energia para algo mais útil?
Sim. Party Poison é sobre isso. E, em outros momentos, no disco diz que está tudo bem em cair na farra. É a noção da palavra festa que aparece várias vezes no disco... Para mim, representa mais do que festa. Representa qualquer maneira de autoexpressão. Sabe, qualquer tipo de evento barulhento – como um show de rock. O show de rock costumava parecer uma igreja pra mim, e agora quero que seja uma festa agressiva. Não quero mais que pareça uma igreja.

Então, você abandonou sua cruzada? Por quê?
Sim, abandonei. Já disse o que tinha a dizer, a banda também. Depois de um tempo, cansa. Acho que a cruzada não era mudar, mas talvez mudar o mundo. Era muito idealista, sabe? Não há nada de errado com isso, mas somos jovens, idealistas e queríamos mudar o mundo. Quando percebi que você não pode mudar o mundo, você pode dar coisas o mundo, mostrar coisas a ele, comentar coisas dele. A música não vai realmente mudar o mundo – são as pessoas que a ouvem que vão fazer isso. E por que isso? O que estamos tentando mudar no mundo? É claro que há coisas ruins. Guerra, violência, pobreza, fome, doenças, todas essas coisas são terríveis. Mas, tirando isso, para que eu queria mudar o caos? Por quê, pois a nova arte surge todo dia a partir do caos. Por que eu queria mudar isso? Talvez eu esperaria que isso fosse virar uma coisa utópica. Mas a utopia é aterrorizante, sabe?

Além do mais, isso leva a um monte de mal-entendidos, obviamente?
Com certeza, sim. E eu entendo esses mal-entendidos, sabe?

Você deve ter gostado do filme Kiss Ass...
Gostei mesmo! As pessoas apontaram algumas similaridades dele com o CD. O que gostei de verdade no filme foi a cor - era tipo colorido e intenso. Até os comerciais dele era muito coloridos. Nós assistimos a uma exibição de Kick Ass pois queriam músicas nossas no filme, e a gente estava bem animado com isso. Mas acabou que não lançamos aquele álbum. Então, o diretor musical ouviu aquelas canções, e ele as queria bastante. E a gente queria dar para ele, mas eu já estava com essa coisa na cabeça. Então, quando vi Kick Ass, eu disse: “Isso é mesmo...”. Até o Ray me disse: “Puxa, isso parece as coisas em que você está trabalhando”. E era. Então, as duas coisas estavam na verdade ligadas de uma forma bacana. Mas eu queria trazer a coisa de Blade Runner por causa do título do álbum. Danger Days é derivado do título original de Blade Runner, que é Dangerous Days (Dias perigosos, em português). E, na verdade, o documentário sobre os bastidores do filme se chama Dangerous Days.

Diga, você apelidou sua ideia de HQ para o título?
Sim (risos). Era uma ideia de HQ que eu e meu amigo Shawn Simon tínhamos. Nós dois tivemos essas ideias loucas e as unimos. E então, como eu ia trabalhar nesse disco, certas pessoas iriam destacar isso. Como se Grant Morrison me dissesse: “Percebe que está fazendo a versão musical da sua HQ?”.

Então, a HQ ainda vai ser lançada? Estava planejada para 2010, não estava?
Estava. E obviamente, por causa das grandes mudanças e da regravação, teve de ser deixada de lado. E a beleza disso tudo é que enquanto estamos fazendo essa loucura e essa correria, está sendo registrado enquanto estamos vivendo isso. E fico muito feliz por procurar meu parceiro de composições e dizer: “OK, o que vamos fazer agora?”.

Sobre a capa do CD, o que a aranha branca representa?
Para mim, ela representa, de uma grande maneira, veneno. A aranha que se pica... o veneno da aranha, o fato de que ela pode envenenar as coisas. E eu queria que o disco, em sua arte pop, infectasse, contaminasse. Não como um viral de internet. É um veneno na sua cara. Seu veneno e a limpeza da sujeira dos versos da canção, mas a limpeza no pior sentido da palavra. Como quando nós éramos assimilados na cultura rock, cortando nosso cabelo e ficando bem bonito, indo pra academia, lançando um disco de rock. E eu pude ver que cada vez que eu via meu cabelo caindo no chão, eu falava: “O quê?”. Parecia errado, não parecia a coisa certa.

Então, é belo, embora tenha um lado obscuro e perigoso?
Sim, com certeza, é sobre beleza, mas não num sentido de vaidade. Eu dei uma olhada nas fantasias e olhei para os integrantes da banda e para mim todo mundo ficou bonito, sabe? Há uma beleza naquela cor, há uma beleza na ousadia de usar uma máscara, tem algo sensual nisso.  Há algo de uma natureza sadomasoquista num jeito esquisito.

Com máscaras em vez de uniformes?
Sim.

Com desenhos coloridos?
Coloridos.

Como naquele trailer do CD?
E vamos ver mais dessas coisas porque... Aconteceu algo engraçado com Na Na Na. Não ia ser um single... Sei que Rob Cavallo e a banda sentiam uma força nele. Há um poder verdadeiro por trás da canção, porque ela nos fez refazer tudo, mas essas coisas que você viu na web é toda a intenção do que ela queria ser. A intenção não era ser um clipe, mas eu pedi grana ao selo musical para sair e dirigir essa coisa e bater foto de tudo isso, certo? Pois senti que a banda merece um trailer, pois eu disse ao selo musical: “Toda vez que alguém me pergunta sobre o novo MCR, a primeira pergunta que fazem é: Como é esse som? E a segunda: Com o que se parece?”. Então, precisamos agir nesses dois sentidos. Não dá só pra ouvir o novo MCR, precisa ver o novo MCR ao mesmo tempo, sabe? Então, me deram grana, fomos para o deserto e fizemos isso. E se tornou essa coisa que as pessoas querem ver mais, que vamos terminar na semana que vem. É muito animador.

Esse é um bom problema para se ter, acho.
É. E é isso o que eu curto na internet e na natureza do negócio da música nesse momento. É como se fosse o Velho Oeste. As coisas podem mudar, sabe? Quem sabe amanhã qual será o novo single. Adoro isso. Tipo: “Não, agora isso é o que todos nós queremos, e você quer que as pessoas queiram isso. Dê isso a elas!”. E eu digo: “Está bem, vamos nessa”. (risos)

A contrário dos Estados Unidos, me parece que vocês superaram o 9 de setembro – finalmente?
Sabe, superei. E talvez algumas pessoas nos EUA não tenham superado. Sabe como eu me sentia? Nós fomos uma reação ao 9 de setembro e paramos de ser uma reação. Agora, estamos fazendo o futuro, não somos reativos – somos proativos. Dissemos: “Nem vou mais pensar em 9 de setembro”. Na verdade, esse evento tóxico, nuclear ou o que quer que seja não tem nada a ver com o 9 de setembro, não é uma metáfora. Engraçado porque é só uma metáfora para a economia, sabe?

Construir essa mesquita numa estaca zero seria uma boa maneira de superar toda essa ambição então?
Acho que sim. Coloque uma máscara! Isso é engraçado: o mantra agora é que as sequelas são secundárias. Mas não estamos nos escondendo mais, não estamos nos vestindo com roupas pretas. Mas é engraçado pois ao colocar uma máscara você estaria se escondendo, mas na verdade fica mais fácil de visualizar – uma máscara amarela brilhante pelo deserto.

Então os Estados Unidos precisam de umas cores brilhantes?
Com certeza. E não apenas de seus artistas pop,; porque mesmo que isso seja agora uma ferramenta e seja construída de uma forma errada e seja uma besteira. Muito desse disco é sobre reivindicar as coisas, reivindicar as cores: “Vamos trazer a cor de volta”.

Em 2011, vai fazer 10 anos (após o atentado). Isso vai ser meio assustador.
Vai ser assustador, e ao mesmo tempo – não é de se pensar no próprio umbigo apenas – penso em como isso tem a ver com a banda. E a banda faz 10 anos também. Eu gosto de pensar nisso de uma forma positiva. E é uma loucura porque faz só dez anos e parece que foi faz muito tempo, o que é bom. Não tenho medo do que irá acontecer. Será o último teste para todos: “Conseguimos mesmo superar isso. Precisamos sempre nos lembrar disso, mas conseguimos começar a ser, em vez de reativos, próativos no mundo?”. Acho que o mundo está em pausa, sabe? E, é claro, há muitos avanços tecnológicos, mas de várias formas estamos parados. Porque temos dado respeito, nos lembrando disso, ficamos com medo, nos escondemos, falamos de nossos sentimentos, o que é importante também.

Nós fomos feridos, não fomos?
Fomos feridos, sim.

Mas é hora de cicatrizar depois de 10 anos?
É hora de cicatrizar, mas se alguma outra coisa acontecer – e vai, porque o mundo em que vivemos é imprevisível, caótico e violento, assim com belo – acho que estaremos um pouco mais preparados. Você nunca está preparado de verdade para perder um amigo... Mas penso no Oriente Médio e naquelas cidades em que algo do tipo acontece todo dia, numa escala menor, claro. Mas, o que essas pessoas fazem? Elas ainda fazem música. Elas não se escondem, elas precisar ir trabalhar, têm que ver os amigos e a família. Então, elas se colocam em perigo todo dia para fazer isso.

Essa turnê será tão longa quanto a outra, que quase acabou com vocês?
Sim, acho que mesmo se for tão longa, será muito mais inteligente em termos estratégicos. Sabe, temos 33 anos agora, quer dizer, nem todos nós, mas temos filhos, esposas, famílias e sabemos que é tão importante para nós quanto fazer arte, pois é isso nos faz sentir vivos e nos inspira. Realmente, minha esposa me inspirou musicalmente para esse disco. Então, acho que haverá mais intervalos. Nunca vamos ficar fora mais do que 1 mês e meio, dois. Depois disso, vamos para para descansar e depois fazer tudo de novo. E a turnê Parade era muito ambiciosa e tínhamos um empresário que... Ele prefere que trabalhemos de uma forma mais inteligente do que trabalhar muito, o que é ótimo.

Então a The Black Parade foi também uma cilada?
Sim, E, sabe, tudo é um aprendizado e tenho certeza que alguém como Lady Gaga está passando por isso. Tenho certeza que ela se sente exausta e que fez turnê além da conta. E ela está aproveitando ao máximo, o que a deixa animada. Mas você pode se estrepar nisso, sabe?

Vamos ver o que acontece. Quero dizer, ela tem que tirar um ano de folga antes que todos se cansem dela.
Acho que sim. Mesmo se ela estiver trabalhando assim, ela precisa ir para a bat-caverna dela e ficar longe dos olhos do público para o próprio bem artístico dela, acredito.

Além disso, ela só tem 24 anos, sabe?
Sim, me esqueço disso às vezes.

Como é a vida em Mt. Washington (nordeste dos EUA, no estado de New Hampshire) – ou onde você está esses dias? Já construiu seu próprio Fort Knox lá?
Não, isso é totalmente falso. Só encontramos um belo lar que é bem privativo. Nós adoramos, fica na divisa com Los Angeles. Então, tecnicamente estamos em LA, mas bem afastados. É um cenário bem tranqüilo. É um ótimo lugar para criar minha filha Bandit.

E como é esse lugar? É uma biblioteca de HQs, como imagino que seja?
Ah, não é não! Essa é a melhor parte. Temos uma biblioteca gigante pois, por nós dois sermos artistas (a esposa de Gerard é Lindsey, baixista da banda Mindless Self Indulgence), temos uma tonelada de livros de referências. Só tenho dois boxes de HQs, mas tenho uma tonelada de graphic novels, que estou colecionando agora. É uma casa típica de um artista. É bem modesta, pequena, mas é bonita, num estilo espanhol, e tem bastante luz. Há muitas janelas e é um local cheio de vida, recoberto por hera.  Na sala de estar há dois cavaletes e duas mesas para desenho e há materiais artísticos em todo o lugar. E tem as coisas da Bandit por todo canto, o que é ótimo, e dá vida ao lugar. Quando ela veio para a casa, ela ficou diferente, de um modo bacana. Se você entrar e pisar em alguma coisa que der um guincho, você fala: “Ah, essa é minha filha”.

E há cor?
Há muita cor e desenhos, porque ela adora, sabe?

E a adaptação para cinema da HQ Umbrella Academy. Vai acontecer?
Vai. Estamos prontos para passar para o próximo passo, que é ajustar o roteiro mais uma vez e levar aos diretores e deixá-los interpretá-lo. É algo obviamente muito importante para mim e estou animado. Também estou ansioso em escrever a próxima história de Umbrella Academy. Então, sempre estou pensando lá na frente e obviamente estou lisonjeado e animado por ser parte do filme Umbrella. E quando isso acontecer, ficarei extremamente animado. Acho que só sou concentrado em muitas coisas, mas não sou do tipo ansioso. Só quero fazer direitinho, assim como o estúdio de cinema, o que é bom. Só quero ter certeza de que é a coisa certa.

Então, você conseguiu a Winona Rider e o Adrien Brody?
Esses foram as minhas escolhas iniciais, mas selecionei quando eu tinha uns 16 anos talvez. Então, agora está um pouco diferente. Agora eles têm uns 30 anos, então o papo agora é que eles são todos jovens. E isso faz sentido porque uma pessoa de 30 anos é bem jovem, e eu estava pensando em pessoas mais velhas. Mas ainda acho que a Natalie Portman ficaria ótima como a White Violin. Então, passei a pensar assim.

Esse é o início do produtor executivo Gerard Way?
De certa forma. Mas o que eu acho que vai acontecer é eu por trás das lentes. É disso o que se trata esse projeto – e não para meu próprio ganho pessoal depois ou me tornar um diretor. Se está tudo na minha mente, e está tudo na mente dos caras, quem é que vai revelar tudo isso melhor do que nós, sabe? Então, é por isso que tínhamos de dirigir essa coisa.

Ok, a última pergunta de hoje. Não ria...
OK.

Vida no hotel: todo mundo sempre acaba pedindo club sandwich (sanduíches de pão de forma, com duas camadas de recheio e cortados na diagonal), né?
Sim, sim, sim! (risos)

Então, nos últimos dois anos, tenho tirado fotos deles, porque acho que ninguém fez algo assim antes...
Não, isso é incrível, é muito esperto. Quem sempre falava de club sandiches? Billy Joe estava falando que iria parar de tocar canções mais antigas. Porque, enquanto tocava, ele ficava pensando no que iria pedir depois no hotel. E ele pensava: “O club sandwich não fica bem depois de ir pra viagem, e as batatas fritas ficam encharcadas”. E é engraçado porque foi a primeira vez que ouvi alguém falar de club sandwich, porque eles variam de lugar para lugar. Na Inglaterra, tinha um hotel chique, moderno, que não lembro onde era, Eles colocam um ovo nele. E varia onde quer que você esteja, mas o club sandwich é um padrão. Às vezes, têm bacon, às vezes, não. Não entendo qual é a lógica.

Qual é o perfeito pra você e onde dá pra encontrá-lo?
Aquele que mencionei em Londres com o ovo dentro, achei que foi o mais bacana. Como dizem na Inglaterra: Nice (traduzindo: bom, agradável), que é um jeito interessante para um americano descrever a comida, mas eu entendo. É bem agradável. Tinha um ovo frito nele e a gema era um pouco flexível e acredito que tinha bacon.  E um club sandwich não pode ter recheio demais, tem que estar da forma certa. Precisa ter a quantidade certa de carne e do que tiver lá dentro. E as batatas fritas têm que ser boas, mas depende de como elas chegam até o seu quarto de hotel. Se não forem tão boas, então...

Então, você é fã?
Sou fã de club sandwich – é ótimo. Eu adoraria ver um blog falando disso


Obs.: É apenas uma parte da entrevista.
Thanks: Via Orkut Valmir Silva

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