quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

South Orange Patch entrevista Frank Iero.

Frank Iero foi entrevistado pelo site South Orange Patch e vocês conferem a tradução abaixo:

Estrela do MCR - e nativo Essex Co. - falam sobre influências musicais

Residente de New Jersey, Frank Iero está atualmente em turnê com a banda de rock. 

Nativo de Belleville, Frank Iero, 29, é um dos membros fundadores da banda de rock My Chemical Romance, que lançou um álbum no ano passado. Iero ajudou a formar a banda com os bellevinianos Mikey e Gerard Way em 2001, e, três anos mais tarde, fez uma estréia com uma grande gravadora, Three Cheers for Sweet Revenge, que eventualmente ganhou um disco de platina. Iero fala com Erel Pilo Patch sobre suas primeiras influências musicais, seus laços de continuar em seu local (Iero continua morando em New Jersey) e como era ser um músico jovem e em crescimento.

EP: Primeiro de tudo, parabéns pelo seu último álbum.

FI: Obrigado.

EP: Então, qual foi sua reação até agora de como o álbum está sendo recebido? Você tinha alguma expectativa sobre isso ou era mais sobre o processo de fazer o álbum?

FI: Você sabe, é loucura, como, você pode continuar ligado, eu acho, ou ler comentários e coisas e algumas vezes eles surgem em nosso caminho, mas nós não tentamos procurá-los apenas porque, você está certo, isto é sobre o processo. Quando você passa por um processo de fazer a gravação, especialmente uma que é tão difícil e tão gratificante quanto esta, você sabe, apenas fazendo-o certo e sendo feliz com que você tinha criado é bastante sucesso. Mas o show ao vivo é o tipo de reação que você fica excitado e ao mesmo tempo nervoso porque quando você está tocando essas músicas, na maioria das vezes é a primeira vez que alguns desses jovens escutam essas músicas, e como que isso pode ser resumido é muito difícil às vezes. Há sempre um período que começa muito estranho, se você está no show. Agora mesmo, nós estamos fazendo uma penca de shows em rádios e isso é o tipo que gostamos, eles estão quase como as datas de festivais aonde os jovens vão porque tem um monte de bandas que tocam nas rádios, mas, necessariamente, eles não são apenas fãs da sua banda então eles podem não saber algumas das coisas novas que você toca, mas, felizmente, bata na madeira, isso tem sido algo surpreendente. Algumas das músicas novas, eu realmente sinto que eles têm isso inato, como quase um sentimento tribal como quando eles apenas movem seus corpos e esses movimentos, no fundo, ao contrário como "Oh, eu preciso saber as letras desta música para realmente senti-la". Então algumas dessas músicas nós estamos fazendo, as novas músicas, é repetir como se os jovens já tenham ouvido elas faz anos. Então isso tem sido muito, muito gratificante. Eu me sinto muito feliz por isso.

EP: Você pode falar um pouco sobre a criação do álbum? Eu digo, eu sei que vocês passaram por este tipo de trabalho prolongado e quase desmantelaram um álbum inteiro antes de criar este.

FI: Sim, eu penso que aconteceu isso basicamente - Vou tentar fazer uma longa história curta. Nós fizemos o Black Parade. Nós viajamos por cerca de dois anos. E depois disso, nós precisamos de uma pausa. Nós estávamos muito exaustos, criativamente e emocionalmente em quase tudo. Então, nós pegamos algo como 6-8 meses livre para tentar re-familiarizar com nossas vidas reais e perceber porque nós amamos fazer isto, e eu acho que isso inspirou para criar de novo. E depois disso, nós nos juntamos e fizemos a música para a trilha sonora de Watchmen e, fazendo isto, realmente recarregou a banda. Eu acho que se deram nosso caminho, podemos ter feito certo ao entrar no estúdio no momento certo, mas nós precisamos esperar um pouco mais por causa dos horários e coisas dessa natureza e encontrar um produtor. Então, três meses mais tarde, nós entramos no estúdio, e ainda estávamos, eu acho, com medo do que tínhamos criado com o The Black Parade, e o montante, o desgaste físico que isso deu à banda. Então montamos todas essas regras - que isso não deveria ser gravado novamente. Não ia ser nada parecido com este CD. Não haveria nenhum conceito, não haveria personagens, sem enredo extraordinário e coisas desse tipo. E eu pensei em fazer todas essas regras quebrarem e começado a definir a gravação antes de realmente fazê-lo. Então nós escrevemos todas as músicas. Nós escrevemos algo como 30 músicas que ficaram tipo confinadas numa caixa e você não pode fazer isto. Nós derrubamos estas barreiras onde pode vir como inspiração e parecia que isto continuaria fora de nossas expectativas das gravações que tinham de ser, nós jogamos fora estas idéias e isto não foi um bom caminho a seguir. Como um artista, você não pode ser 'fechado'. Você deve ser aberto para a inspiração. E este é o caminho que temos sempre feito nas gravações - nós fizemos da forma que as gravações precisam ser escritas. Assim, no final deste processo escrito, nós tínhamos algo como 20 músicas prontas para serem gravadas e isto apenas não fez sentirmos bem. Não sinto como se levássemos a banda à próxima etapa. Nós não tínhamos crescido. Nós tínhamos a intenção de fazer algo e atingindo este objetivo no final de tudo isso, não era o álbum que queríamos colocar disponível ao público. Apenas não parecia certo para ser o próximo álbum.

EP: Vocês já foram ao ponto de pensar em não lançar um álbum?

FI: Sim. Bem, esta é outra coisa também. Foi um ponto muito estranho em nossas carreiras. Nós nunca tínhamos tido isto onde estávamos descontentes com isto, mas todos ao nosso redor estavam realmente excitados com isso. E eu não sei se eles estavam realmente excitados com isso porque isso foi tão bom ou se isso foi apenas excitação para escutar um novo material da banda. E isso foi bom. Foi bom o bastante, eu acho. E sentimos isto. Tipo, Oh wow, isto foi bom o bastante mas não é o nosso melhor, então se colocássemos isto a venda e isso fosse, tanto faz, continuaríamos nos sentindo satisfeitos? Esta foi a grande questão. Deveríamos então apenas lançar ou não lançar? Estas foram as coisas definitivas que estavam sendo faladas sobre como seriam, nós chamamos um ao outro no meio da noite, tipo isso, e ficamos como "Eu não sei. Será que não deveríamos fazer isto? Eu não sei." Então, no final do processo, quando nós fomos escutar de volta, e tínhamos varias idéias para as músicas que precisávamos escrever, nós não queríamos desligar esse processo criativo. Você nunca quer terminar o álbum e sentir como se você ainda tivesse algo a dizer. Decidimos encontrar um estúdio que deveria estar aberto, e um amigo nosso em comum contatou Rob Cavallo, com quem nós gravamos nosso ultimo álbum, e ele estava livre, e ele estava na verdade em processo de construção de seu estúdio em casa e apenas tinha feito uma gravação lá e todas as coisas soavam muito bem. Então ele disse, "Porque vocês não vêm aqui fazer algumas músicas? Vocês sabem, apenas se soltem e vemos o que acontece". E por causa disso, você sabe, nós não sabíamos se tínhamos escrito um álbum ou escrito músicas para um álbum, porque o álbum estava supostamente feito. Você sabe, nós apenas fomos lá e não tínhamos regras, não era assim, Oh não podemos fazer isto ou não podemos fazer aquilo ou não podemos colocar isto na música porque tanto faz. Foi vamos apenas escrever. E neste ponto que escrevemos "Na Na Na", escrevemos "Vampire Money", escrevemos "Planetary (GO!)", e quando escrevemos "Sing". Tínhamos quatro músicas, e nós gostamos, whoa, espere um segundo. Este é o álbum. Este é o álbum que nós queríamos lançar. Esse foi o próximo nível, basicamente. Então nós jogamos fora tudo o que fizemos e começamos algo novo, e continuamos a escrever, e algumas ideias ou melodias da ultima gravação voltaram. Nós reavaliamos ambas quando escrevemos as músicas, mas a maior parte, é completamente nova.

EP: Então, isso realmente levou vocês a fazer este álbum ser Danger Days.

FI: Absolutamente. É por isso que não foi uma tarefa tão assustadora, porque você sabe. Depois de você passar um ano no estúdio e em seguida alguém tipo, tudo bem jogue tudo fora e comece algo novo, você não pode matar você mesmo. Mas eu acho que chegar a quatro músicas inicialmente, isto é o que dá energia para fazer isto.

EP: Legal. Bem, vou trocar o assunto um pouco porque quero falar sobre New Jersey.

FI: Okay

EP: Você continua vivendo em New Jersey, não é?

FI: Continuo.

EP: Mas, o resto da banda vive em Los Angeles, estou correto?

FI: Sim, a maior parte. Acho que Gerard e Mikey estão definitivamente por lá. Ray está numa vida bi-litoral no momento, mas eles estão muito bem posicionados em Los Angeles. Eu acho que foi o clima que os ganhou.

EP: E pra você, porque decidiu continuar em New Jersey? É por causa da sua família ou isso é sobre alguma coisa de New Jersey?

FI: É tudo. É uma grande parte de mim, você sabe. Foi onde eu cresci. Minha família está lá. Agora estou com crianças lá. Eu não sei. Tudo sobre isso. Digo, eu [censurado] odeio o inverno, você sabe o que isso significa? Eu amo tudo sobre isso, eu realmente amo. Eu gostaria que não tivesse muito tráfego algumas vezes, mas eu posso lidar com isso. Eu não acho que tenha estado em algum lugar em que eu pude-me ver vivendo mais do que em New Jersey. É apenas parte de mim.
EP: Então, Isso ainda o faz sentir em casa? Digo, você viaja o mundo e tenho certeza que você gasta muito tempo em L.A. ...

FI: Yeah, essa é a coisa. Você viaja e você vê um monte de lugares e estou sempre os comparando com o lar, esse tipo de coisa. Isso é a melhor coisa que eu penso sobre New Jersey, é que não importa em qual a direção você quer ir, como se você viajasse dentro de uma hora, você está indo a uma fazenda, uma cidade, uma praia, uma montanha. Existe tudo. É uma dessas coisas onde você pode ir para um novo lugar e é legal por um pequeno tempo, mas eu estou sempre querendo ir pra casa. É por isso que nós compartilhamos parentesco com diferentes lugares. Como quando eu vou a Tóquio, nós amamos estar em Tóquio, porque é como um grande mercado e New Jersey é exatamente rodeado de mercados, e assim como em qualquer tempo que estamos em turnê e nós sentimos um pouco de saudades, nós estamos sempre desviando para o mercado. Nós achamos o mercado naquela cidade e então nós vamos lá como Walmart ou algo assim. Algo sobre o comércio que nos faz lembrar de casa. Então, nós gostamos muito disso.

EP: Isso é divertido. Você poderia falar um pouco sobre a cena punk de que você fez parte em New Jersey? Você começou a tocar muito jovem. Quantos anos você tinha e o que atraiu você para isso que estou pensando?

FI: Okay. Aqui está, meu pai e meu avô eram bateristas - ainda são e tocam todo fim de semana. Eu estava sempre os rondando porque como toda criança, isso tudo era o que eu sempre quis, tocar em shows. Eles sempre falavam sobre os shows que eles estavam tocando ao redor da mesa de jantar. Eles levavam os 'datebooks', como forma de decidir, oh estou tocando aqui, estou tocando lá. E alguma coisa sobre aquilo que sempre me intrigou - que eles estavam fazendo isso por uma vida e aquela vida noturna, aquela cena musical, o quanto eles amavam tocar, e aquilo era algo que estava sempre naturalmente em mim. Meu pai tocava música blues e blues funk, esse tipo de música que foi escrita por pessoas em porões para o mesmo tipo de pessoa. Para mim, isso foi como o punk rock deles e quando eu entrei no ensino médio, eu encontrei alguns amigos que estavam entrado no punk rock e me fez misturar tipos e me peguei em bandas como Souls Dominick e Black Flag e coisas assim, mas eu sempre gravitava em torno de matérias de New Jersey mais do que no hardcore de New York porque eram bandas que eu poderia alcançar ou poderia ver que eu pudesse fazer parte, essas coisas, e eu cresci indo em shows do Pipeline ou Suite 1, indo em shows de porão em New Brunswick. Se alguém tinha um carro, você ia lá, mas principalmente uma grande quantidade de shows estavam acontecendo em salas VFW. Harrison e Kearny tinham um monte de shows e nós só íamos lá, o Wayne Firehouse. Tinham tantos shows e eu vi tantos, como, minhas bandas favoritas em uma semana. Eu vi Jimmy Eat World, At the Drive-In, Alkaline Trio, todos em uma semana. Eu só sabia que tinha que ser parte disso. Eu comecei minha primeira banda quanto eu tinha em torno dos onze. Eu tocava bateria naquela banda. Eu só estive em bandas desde então - qualquer coisa para estar em uma banda. Eu não me importava o que eu tinha que tocar ou o que. Só preciso tocar música com pessoas. Então eu comecei a fazer um monte de shows em um local de bandas punk rock chamada Sector 12. Nós, na verdade, fizemos isso de New Jersey um pouco. Nós tocamos em Connecticut e os tri-estaduais, e depois eu comecei uma banda chamada Pencey Prep, com a qual nós fomos para o Meio-Oeste e você sabe como turnês de bandas e essas coisas. Nós fizemos um álbum e essa banda se separou e My Chemical Romance começou. É estranho. Eu só conheci Mikey e Gerard depois. Nós vivíamos umas milhas um do outro. Cresci onde aquela estação Mobile [era] no Frankin e Joralemon, basicamente nas bordas de Belleville/Nutley, e Gerard e Mikey cresceram abaixo mais próximo do lago Silver, mas nunca nos conhecemos no ensino médio ou qualquer coisa porque eu fui pro Queen of Peace e eles foram para o Bellevile [High School], mas nos conhecemos mais tarde porque eles eram amigos do cara que dirigia o selo que o Pencey Prep era, chamado Eyeball Records, que era baseada em Kearny. Eu os conheci em festas e outras coisas, e eles disseram que queriam começar uma banda e eles tinham um lugar pra praticar no Passaic Park perto do Loop Lounge e nós só os trouxemos nesse tipo de coisa. Nós dividimos o aluguel, e se não houvesse um show vindo, eles não nos levavam, eu ia buscá-los, e acho que tocamos 11 shows no qual eu também os levei ou que eu fiz propaganda. Então, naquele ponto minha banda acabou, e eu entrei na banda e estamos tocando juntos e em turnê desde então.

EP: E o resto é história.

FI: Yeah.

EP: Uma última questão, você está no Leathermouth, e você está em um monte de outras bandas também. Você está envolvido com eles ou isso é uma pausa agora enquanto você está tendo uma preparação para a turnê?

FI: Yeah, eu amo tocar e amo criar música. Minha prioridade é o My Chem. Escrever com esses caras e tocar com eles é a melhor coisa que eu poderia jamais ter imaginado. Eu estive em um monte de bandas, eu toquei com um monte de pessoas e eles são de longe os melhores, é como uma família, é realmente isso. Não há egos. Não há nada. Quando tiramos um tempo, eu ainda queria sair e experimentar coisas e é sempre divertido começar essas pequenas bandas paralelas e coisas assim. Provavelmente, três ou quatro que eu estou com quem estou trabalhando toda vez que tenho um tempo livre. Agora menos porque eu e minha esposa tivemos filhos. No Leathermouth nós fizemos um álbum cerca de um ano atrás e fizemos uma pequena turnê. Que nos deixou em um problema com o serviço secreto por causa de uma das músicas que eu escrevi do disco, então eu tive que parar a turnê por isso, mas nós devemos fazer outro álbum de mesmo ponto. Porque na verdade James Dewees, que toca teclado com My Chem, toca bateria no Leathermouth. Então, eu e ele iremos trabalhar em algum material em quartos de hotel enquanto estivermos em turnê, e devemos fazer outro álbum com o mesmo ponto mas é tudo só por diversão. Todas essas bandas estão tirando um tempo enquanto eu estou em turnê com o My Chem.

EP: Ok, bem, muito obrigado Frank, de novo. Vocês estão preparados para a turnê agora? É isso o que você está fazendo?

FI: Realmente, estou em turnê agora. Estou em San Jose. Nós começamos a turnê no Japão e Europa no início do ano. Então nós voltaremos para o U.S. em Março/Abril, e então eu acho que tocaremos em Jersey em Maio - Starland Ballroom. Estou muito empolgado por estar de volta.

Tradução: MCR Bullet

Créditos: (x)

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