quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Entrevista com Mikey Way.

O site da revista The Aquarian Weekly postou uma entrevista feita com Mikey. Veja a tradução abaixo:
Confie em seu instinto
Quando seu instinto diz pra destruir o álbum recém terminado e começar tudo, você deveria ouvir. Foi isso que o My Chemical Romance decidiu no Danger Days: The True Lives of the Fabulous Killjoys (Reprise), o quarto álbum da banda e sucessor do aclamado criticamente Black Parade de 2006.
Depois de dois cansativos anos de turnê do Black Parade, My Chemical Romance perceberam que o que eles realmente sentiam falta eram as cores. Então na 11ª hora o vocalista Gerard Way, seu irmão, o baixista Mikey Way, e os guitarristas Frank Iero e Ray Toro descartaram o álbum que eles mixaram com o produtor Brendan O'Brien e correram com seus instintos. Eles não estavam sendo o My Chemical Romance que eles eram. Eles eram o My Chemical Romance que ele se tornaram. A banda retornou com o produtor do Black Parade, Rob Cavallo e semanas depois saiu um álbum que eles esperavam.

O baixista do My Chemical Romance, Mikey Way, explica como o palpite da banda valeu a pena.
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P: Qual a maior diferença entre o My Chemical Romance do Black Parade e a banda do Danger Days?
R: Acho que somos os mais destemidos que jamais fomos. Também acho que é o álbum que é mais verdadeiro para nós. Nos álbums anteriores nós só mostramos, talvez, um ou dois lados da banda. Acho que cada álbum é dramaticamente diferente, mas penso que nós procuramos um caminho específico e as pessoas tinham uma idéia de como nós soávamos. Acho que agora mais do que nunca nós somos como um novo My Chemical Romance completamente e é uma espécie de My Chemical Romance que estava lá o tempo todo. Nós realmente nos sentimos super libertados e sinto como se nada nos segurasse.

P: A banda mudou de rumo enquanto regravava o Danger Days. Quando você percebeu que vocês estavam criando algo diferente do planejado?
R: Quando saímos pra estrada com o Black Parade estávamos todos muito cansados e foram muitos sucessos e tudo mais, mas havia também coisas que nós não gostávamos do modo como foi. E tinha coisas que queríamos mudar. Então nós anotamos todos esses parâmetros para nós mesmos. Quando fomos escrever o disco nós estávamos tipo, "Vai ser cru, despojado, sem fantasias, sem conceito. Só um álbum de rock. Vamos fazer isso rápido. Bam bam bam." O resultado no final não era algo com que nós ficaríamos enfim felizes. Só soou como algo de que estávamos sentindo falta. Estava literalmente pronto pra ir. Fizemos 'photoshoots' e estavamos programando shows e as estações de rádio iam começar a tocar as músicas. Então na 11ª hora nós tomamos uma decisão mútua de que algo não estava certo. E nós puxamos o plug disso.

P: Isso é um verdadeiro pulo de fé quando tudo está empilhado.
R: Yeah, é como nós aprendemos mais do que nunca nesse álbum pra irmos com nossos instintos. Se você está sentindo algo então é provavelmente verdadeiro. Nós mantivemos esse mantra por todo o processo então nós realmente tivemos muito conhecimento sobre como todos nós estávamos nos sentindo com as coisas.

P: Gerard nomeou esse álbum como "um grande projeto de arte pop". Com personagens como Dr. Death Defying e o mundo pós-apocalíptico que vocês criaram, tudo parece viver junto, mas você não considera isso um álbum conceitual. Você pode falar sobre o que vocês imaginavam??
R: Yeah, é exatamente isso. É um gigantesco projeto de arte pop. Para chamá-lo apenas um álbum é, eu acho, vendê-lo curto. Há tantos aspectos diferentes e camadas nisso. Nós realmente queríamos usar música pop como uma arma. Queríamos nos expressar de um jeito que nós nunca nos expressamos antes e dissipar as noções pré-concebidas de alguém do que uma canção do My Chemical Romance poderia ser. Não é só guitarra, bateria, baixo e vocais. Há muito mais do que isso. Queríamos realmente fazer músicas que sempre sonhamos em fazer. É tipo como se tivéssemos a propriedade da banda de volta. Lançamos o The Black Parade e todo tipo de mal-entendido ou negatividade que veio disso eu acho que foi retificado com esse álbum.

P: Foi engraçado ver Grant Morrison como o vilão nos vídeos de 'Na Na Na' e 'Sing'.
R: Foi tão legal finalmente trabalhar com ele. Ele é um dos nossos melhores amigos e estávamos ansiosos em fazer algo juntos. Quando estávamos vindo com as coisas para o álbum nós pensávamos "ele é o último vilão". Quero dizer, ele é um querido, mas se você olhar para ele, ele tem exatamente esse visual surpreendente sobre ele, como ele pode ser o último vilão Bond. Ele tem tantos lados diferentes pra ele. Ele é só um grande urso de pelúcia no coração, mas seu rosto é muito intenso.

P: Ele é um escritor incrível. Qual é o seu favorito em quadrinhos?
R: Oh, qual é o seu favorito?

P: Eu gosto do We3 e Asilo Arkham, mas eu definitivamente quero ler mais.
R: Arkham Asylum iria cair bem como uma das minhas favoritas. Eu amo todo seu trabalho que fez recentemente com Batman. Eu amo o All-Star Superman que ele fez. A Liga da Justiça foi uma das melhores HQs de super-heróis que eu já li. The Invisibles. The Dune Patrol que ele fez nos anos 90. Tudo em que ele tocou é tão fantástico. Ele mudou os quadrinhos do mesmo modo que os Beatles mudaram a música.

P: Há uma canção no disco que é mais especial para você?
R: Sim, acho que o nosso favorito unânime da banda é "The Kids From Yesterday". Para mim a música é como uma máquina do tempo. Você ouve e isso nos faz pensar tudo sobre crescer e isso faz você pensar em ser um garoto. E então ela faz você pensar em ser um adolescente. E isso faz você pensar sobre onde você está agora e aonde você está indo. É como gostar do filme It's a Wonderful Life. Esse é o tipo de jornada que eu faço quando eu escuto essa canção. É apenas uma canção muito sombria, introspectiva e apenas um dos refrões mais poderosos que eu ouvi em uma canção de rock. Outra das minhas favoritas é "S / C / A / R / E / C / R / O / W".

P: Isso é realmente diferente para vocês.
R: Sim, ele mostra um diferente lado dramático para nós. Você sabe que todos nós temos variados gostos musicais e este é um deles. Nós amamos esse tipo de coisa. E, finalmente, ser capaz de colocar algo assim em um de nossos álbuns é uma grande vitória.

P: Qual música será a mais divertida de tocar ao vivo?
R: Uau, vamos ver. Nós só fizemos uma turnê na Europa, onde tocamos quatro [novas] músicas. Ficamos alternando entre as quatro. Estavam todas bastante surpreendentes. "Planetary (Go!)" deu uma nova vida louca ao vivo. Começou uma reação imediata da platéia. Eles reagiram com "Planetary" quase da mesma forma como se eles reagiram com "I'm Not Okay". Foi a explosão imediata da multidão. Parecia uma avalanche de corpos. Eles foram se movendo em uníssono. No meio da música eles conheciam a letra. Era apenas uma outra coisa.

"Sing" é também uma canção muito especial. É um sentimento que nós sempre queríamos dizer, você sabe, ser o melhor que você pode, eventualmente, ser em qualquer dia. E tentamos fazer uma diferença positiva em seu próprio mundo ou no mundo fora de você. Há apenas mágica para isso. E a própria música é tão emocional e dançante e como ela foi escrita foi realmente especial. Como ela cresceu dia a dia, apenas camada por camada. Todo mundo gostaria de acrescentar seu toque a ela. É uma das canções de que mais me orgulho do álbum.

Créditos: (x
Edição: Blog CK

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