domingo, 20 de março de 2011

Artigo no elpais.com


"Suponho que havia um risco nesta proposta. Mas sempre soube que nossos fãs iriam estar aqui e tinha a intuição de que eles iriam crescer com a gente."

O site do jornal espanhol El Pais disponibilizou um artigo sobre a banda e o Danger Days, entrevistando Gerard Way.
"Eu gosto de trabalhar e pensar nas coisas, não só apenas para ser cool"
XAVI SANCHO - Barcelona - 12/03/2011
"Entramos em contato várias vezes por telefone e, quando chegamos para gravar pela primeira vez, eu já tinha um quadro negro escrito com todas as informações nele, desde que nome e como seriam os primeiros discos até o aspecto que teria nosso merchandising. Não me envergonha admitir. O mundo do rock está cheio de gente que finge que tudo é espontâneo e natural. Acreditam que assim parecem mais cool. Para mim, gosto de trabalhar e pensar nas coisas". Gerard Way, lider do My Chemical Romance, levanta-se, passa as mãos pelos seus cabelos vermelhos e encolhe os ombros. "Jamais me interessei em ser um cara cool", admite, e volta a sentar-se no sofá de seu camarim no Sant Jordi Club, onde em algumas horas a banda se apresentará. Esta noite repetem a experiência ibérica em Valência.
O grupo que poderá ser visto sobre o palco é muito diferente da banda que um dia foi épico do movimento emo desde que decidiu-se apagar a turnê do The Black Parade. O disco 'new jersiano' os trouxe fama e fortuna, mas também esteve ao ponto de acabar com eles. Mostraram tanto interesse na morte que mais de um ano pensaram em acabar o trabalho que eles não pareciam dispostos a chegar a um ponto mais alto. "Foi uma época difícil. Tivemos alguns problemas com os tabloides, fomos uma má influencia para os filhos de seus leitores. De cara, nos demos conta de que havíamos transformado nessa banda que deveria morrer para que o show continua-se. Chega a um ponto em que a tragédia ocorre ou muitas pessoas perdem o interesse em você. Optamos pelo segundo. Nos arriscamos.", relembra Way, que também é desenhista de quadrinhos e um pessoa articularmente surpreendente.
Mais de dois anos depois de que confirmaram a morte do The Black Parade em um show no México, My Chemical Romance voltaram no mês de novembro com Danger Days: The True Live of the Fabulous Killjoys, um disco de rock mas muito colorido e otimista. Way havia se casado e era pai. Não parecia mais interessado em amargar a vida de seus progenitores, mencionando revolucionárias idéias sobre independência e morte aos seus filhos. "Suponho que havia um risco nesta proposta. Mas sempre soube que nossos fãs iriam estar aqui e tinha a intuição de que eles iriam crescer com a gente. O curioso é que, quando começaram a conhecer as canções do disco, o sentimento que havia entre os fãs era o alívio. Eles já não eram as mesmas pessoas de 3 anos atrás e não haviam aceitado que havíamos sido paternos com eles", aponta Way. Estava esse acontecimento apontado naquele quadro negro que o vocalista mostrou antes da primeira gravação da banda? "Não exatamente, mas sim estava a idéia de criar algo que fosse embaraçoso de definir, que confundisse a imprensa. Finalmente, acredito que temos conseguido".
Tradução | Créditos: MCR Bullet

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